outubro 23, 2012

Chegou

Com o papel em mãe, senti meu corpo se retrair, se 'esquisitar'. Confesso que fiquei olhando durante alguns 20 minutos para aquilo. Lendo, relendo, decorando, recitando. Senti o peso daquele, aparentemente inofensivo, papel. Nunca supus que seria tão confuso segurar o seu futuro nas mãos. "E se" foram as palavrinhas que me atormentaram, e atormentam. Como no filme "Cartas Para Julieta" diz, "E" e "Se" são palavras totalmente inofensivas, mas caso você as una elas irão te amedrontar eternamente. E isto é um fato. Os meus "E se" encheram os meu olhos de água, me deixaram com uma vontade imensa de sair gritando que eu quero ser livre, e fazer o que me 'dá na telha'. E que se ferre o que irá acontecer daqui 11 dias, que eu não me importo e que eu não deveria ser tão pressionada para fazer algo. Não me acho pronta para definir meu futuro, para tomar um caminho. Não me vejo pronta para ingressar em uma universidade, ainda que eu aspire por isto e crie 1001 fantasias com o fato, eu simplesmente gostaria de ter mais um tempo. Mas, ainda assim, eu tenho que realizar aquilo que eu já escolhi agora. Eu tenho que passar e trilhar meu caminho, ainda que as dúvidas sejam como um dilúvio dentro de mim.Esta é a minha hora, ainda que eu não ache que seja. Aliás, eu acho que nunca me sentirei totalmente pronta para algo, ainda que eu esteja. E eu gostaria de acreditar em que escrevo, facilitaria muita coisa em minha vida. É, complicado... Bom, o que está feito, está feito. Só me resta aguardar, ansiosamente para que não chegue - ainda que eu saiba que este será o momento em que o relógio irá retornar à corrida -, aquilo que eu tanto que eu tanto receio. O ENEM. Dobro o papel que me encara, e vou fazer a minha parte.

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